Como em nenhuma outra
A sua voz em mim agora ecoa
A chama eterna do seu coração
Refugiando-se no escuro
Temendo a luz do mundo
Disparando contra a minha alma
O peso que você carrega
Do erro que te enfesta
O que dói em você também dói em mim
A enxurrada nos arrasta
Entre um caminho que nos afasta
Sua correnteza me leva
Que com o frio me congela
Em suas águas indomáveis,
Intrísecas e infidáveis
Afogando-me diante da sua beleza
Mas que enfim eu esteja
Firme a continuar a vencer
Os obstáculos que eu possa ter
O que eu vejo é o medo do fim
E o seu beijo eu reconheço enfim
Nas lágrimas onde correm seus rios
Às margens eu quero estar
Retirar as pedras que evitam o caminho
Onde eu possa te encontrar
A brisa carrega o seu corpo
Até os mais altos montes
Secando a minha fonte
E quando eu tento procurá-la
Uma fenda se abre na terra
E o meu sonho nela se enterra
A escuridão toma conta do meu ser
O prazer não é mais o meu alimento
Solidão agora é o meu sofrimento
Eu só quero que você me leve
Para o encontro das suas águas
E acabar com as minhas mágoas
Sua correnteza me leva
Que com o frio me congela
Em suas águas indomáveis,
Intrísecas e infidáveis
Afogando-me diante da sua beleza
Mas que enfim eu esteja
Firme a continuar a vencer
Os obstáculos que eu possa ter
O que eu vejo é o medo do fim
E o seu beijo eu reconheço enfim
Nas lágrimas onde correm seus rios
Às margens eu quero estar
Retirar as pedras que evitam o caminho
Onde eu possa te encontrar
Vinni Corrêa
19 de junho de 2003
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