Um deslize foi pouco para os erros implícitos
Imensurável é o tamanho do vazio que não se compreende
Inevitável é a dor que em nosso corpo preenche
Mas um eclipse toma conta de tudo que é solícito
É desanimador para aqueles que não vêem mais retorno
Em todo um trabalho feito no sufoco
Mais algum fio pode segurar? O teto ainda não desabou!
As paredes que ainda sustentam vão enfarruscar
Porém ainda não terminou
Não se tem mais lucidez nesse imenso universo
À noite perde-se o sono a trajetória se faz em tombos
Mas sou sempre o verso de um intenso berro
E se estou ébrio e me encontro em escombros
Me deixa férvido quando ando nesse submerso
E fétido lugar onde todos somos sinônimos.
Vinni Corrêa
02 de agosto de 2006
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