O protesto indigente dos seus dedos não é suficientemente capaz de intimidar-me o estômago que não cala um instante nesta madrugada sóbria
A cama ainda feita com lençóis da última gota do nosso suor adormce nossos sonhos e mantem desperta a preocupação
A ladraria dos nossos pensamentos que não se distraem nem com o suspiro do osso
O marulho do mar talvez me encontre emergindo do fundo do meu próprio oceano talvez até o uivo do vento trouxesse da nuvem mais carregada o peso dos olhos mas onde quer que eu esteja eu já estou aqui apenas aguardando-me mas pensando em tudo que não sou eu
E por que busco-me se já me encontro deitado em minha cama?
Porque não me encontro dormindo
Vinni Corrêa
20 de novembro de 2011
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